quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Flores e Rosas para você.

                                                      Flores e Rosas para você.

                                                            I CAPITULO


                                                         O Acampamento




A luz bruxuleante, em noite escura, com um lampião no fundo do acampamento, o ruído da noite,já se fazia ouvir com os coaxares dos sapos e os zumbidos dos grilos.
Por um instante se fez silêncio,e se faz ouvir uma voz solitária,um canto de mulher, que parecia

um lamento. Em pequenas pausas, castanholas estralavam em finos dedos. Em pequenas pausas, castanholas estralavam em finos dedos. Homens, mulheres, crianças,agachados perto de uma fogueira e velhos também. Todos estavam emudecidos, inebriados com aquela voz, profundamente compenetrados em seus pensamentos.Olhando ao redor, carroças velhas, trapos pendurados, panelas encardidas do tempo,
Sentada sobre uma grossa raiz de árvore sob sua frondosa copa, se deixava cair seus lindos e fartos
cachos de cabelos negros, sobre sua tez aveludada; os cabelos emolduravam sua face rosada do sol que jazia no poente, seu olhar perdido no tempo. Rosalinda, jovem mulher admirada por todos a que conhecia. Cigana alegre e faceira, desde muito pequena, aprendera a arte do tarô. As cartas em suas mãos eram desfiadas como rosário, que eram lidas como oração.
Na décima nona hora a lua já prateava a mata, Rosalinda parou de súbito de cantar, como se só aquele momento tivera observado como escurecera rápido, subiu para dentro de sua carroça. Para ela o burburinho das crianças não tinha nenhuma importância naquele instante, sentou sobre as almofadas fechou os olhos. A sua frente um caixote de madeira virado servia-lhe de mesa, e um tecido caia como adorno. Ainda com os olhos fechados, tateou ao seu lado a procura de suas cartas. Abriu os olhos e começou a colocar as cartas viradas, em silêncio como se fosse uma oração; 



Nenhum comentário:

Postar um comentário