terça-feira, 31 de maio de 2011

DA JANELA

Quando os olhos daquela mulher, já cansados de sofrer, com as lágrimas das desesperanças.

Esses olhos que a terra há de comer( ditado daquela gente).Olhos que ficaram estéreis.Que nem uma lágrima pareria mais.
Vislumbra ao longe uma figura, que mais parecia miragem.Devagar vai se delineando a imagem de um homem, que a muito amara, mas que o sonho o levou para longe e o tempo se encarregou do resto.
Encostada na janela daquele velho casarão, em que começavao dia e findava o mesmo.
Ano após ano, sem ao menos ela perceber, que as contas do rosário, que estavam desgastadas iguais aos seus finos dedos, que um dia já foram jovens. Lentamente aquele homem se aproxima cambaleante, o tempo também passou para ele.
A mulher sentia o seu coração batendo forte, o seu peito parecia que exploderia.Vestida com a viuves da sua alma. Bem diante de si, o mesmo homem que um dia a deixara, voltava para ela.
Os olhos estéreis daquela mulher  com a emoção do acontecido, pari uma lágrima, que escorre queimando sua face, rosando aquela pele branca que nem cêra.
Ela se afasta da janela, tentando impedir que seus olhos vissem, não querendo crêr.
Do seu peito rasga uma súplica:
-Valei-me minha mãe santíssima!
Abre a porta e arrastando seu corpo inerte, se joga  sobre o seu amado, que também não conseguia conter suas lágrimas.
Abraçado a ela só repetia essas palavras:
- Oh! Minha mãe santíssima obrigado!
                       
                                Silvia Reis.

LEMBRANÇA...

Na janela do passado sinto um gostinho de saudade,
trazido por um passarinho que tinha no bico um ramo de cambuquira.
Ah! Saudades...
Lembrança de um bule de café,que sempre quente perto do fogão.

Ah! Lembrança que não se apaga das histórias inventadas por meu pai.

Ah! Rincão de nossa terra, cheias de tradições e crendices.

Ah! Nesta janela do passado posso até sentir o cheiro do tempo.
Ouvir os acordes do cavaquinho dedilhado pelo Juca.
Ah! Que homem bom!
Frase ouvida e repetida que ecoa no tempo.

Que tempos dourados.
Silvia Reis

domingo, 29 de maio de 2011

AMOR E PAIXÃO.

Palavras sem sentimentos são como folhas secas jogadas ao vento, que são parecidas com o outono.
Palavra de amor,são únicas amadas e sentidas com paixão.
Ah! Paixão, que palavra é essa, se um dia não foi sentida?
Como descreve-la?
Como?
Ah! Pobre mortal, se não a sentiu!
Como é miserável o seu triste coração.
Como é vazio esse ser, que nunca soube o que é o amor.
Nunca soube o que é a paixão.
Esse sentimento nobre, que enaltece o seu amado e se aniquila diante dele.
Como descrever esses dois sentimentos tão parecidos, e porquanto tão diferentes.
O amor é suave como um riacho, que refresca e acalma, que tolera e perdoa.
Paixão é forte como um vendaval,que vem arrancando as árvores, com as raízes mais profundas,presas a terra. Sempre é passional.
O amor é como o tempo esvai com a vida.
A paixão é pungente magnânimo como um relâmpago.
Mas, como passar pela vida,sem sentir por um segundo, apenas esses dois sentimentos?
Como?
Como?

                     SILVIA REIS.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

POEMAS DE AMOR IIII

Ah! paixão que nos leva no silêncio do momento, com ardor na carne.
Com desejo vibrante,
ela se entrega sem medo de ser feliz.
Ah! vibrante emoção que dilacera a carne e invade a alma.
Que leva aos cumes em segundos,
Seus gritos abafados e gemidos que termina com a chegada alegre do êxtase.

POEMAS DE AMOR II

Amanheceu o céu coberto com nuvens escuras.
Mas mesmo assim resolveu andar pela praia, sentir a brisa no rosto pensar, pensar...
Em que estava sentindo por ela.
Sentimentos emaranhados ardentes e apaixonados.
De repente as nuvens se afastam e surge o sol.
Seus raios o atingiu  em cheio, enchendo o seu corpo com mais energia.
No céu  uma linda gaivota que baila suas asas ao infinito encantando sua visão.
A onda vem e vai indiferente as suas agonias molha os seus pés calmamente.
Agora com o coração mais leve, sente que tudo vai dar certo.
Só basta continuar a amar.

POEMAS DE AMOR II

domingo, 1 de maio de 2011

Poema de Amor.

Quando o amor toca tua face e brinca com o teu sentimento,tua alma inebriada, perde o sentido,
Perde as forças e se entrega.
Ah! O amor, nobre sentimentoque nos arranca de nossas entranhas a mais a mais sublime dor.
Ah! O amor...Será uma doença, uma chaga que sangra, cujo o único bálsamo que o alivia,é o tocar desse amor,é o roçar de peles queimando de sentimento.
Ah! Amor que nos eleva aos céus e ao mesmo tempo nos prende no inferno.
Aniquilando,ceifando,todavia nos dando a alegria dos pássaros, a beleza das flores, o brilho das estrelas.
Ah! Doce encanto que nos prende.
Ah! Veneno que nos cala.
Nos arrasta a terra agarrando,sufocando,este coração que palpita com suas derradeiras forças de viver este amor.
Ai de mim! Como podes amar tanto este pobre coração.
Ah! Amor...
Ai de mim!