terça-feira, 31 de maio de 2011

DA JANELA

Quando os olhos daquela mulher, já cansados de sofrer, com as lágrimas das desesperanças.

Esses olhos que a terra há de comer( ditado daquela gente).Olhos que ficaram estéreis.Que nem uma lágrima pareria mais.
Vislumbra ao longe uma figura, que mais parecia miragem.Devagar vai se delineando a imagem de um homem, que a muito amara, mas que o sonho o levou para longe e o tempo se encarregou do resto.
Encostada na janela daquele velho casarão, em que começavao dia e findava o mesmo.
Ano após ano, sem ao menos ela perceber, que as contas do rosário, que estavam desgastadas iguais aos seus finos dedos, que um dia já foram jovens. Lentamente aquele homem se aproxima cambaleante, o tempo também passou para ele.
A mulher sentia o seu coração batendo forte, o seu peito parecia que exploderia.Vestida com a viuves da sua alma. Bem diante de si, o mesmo homem que um dia a deixara, voltava para ela.
Os olhos estéreis daquela mulher  com a emoção do acontecido, pari uma lágrima, que escorre queimando sua face, rosando aquela pele branca que nem cêra.
Ela se afasta da janela, tentando impedir que seus olhos vissem, não querendo crêr.
Do seu peito rasga uma súplica:
-Valei-me minha mãe santíssima!
Abre a porta e arrastando seu corpo inerte, se joga  sobre o seu amado, que também não conseguia conter suas lágrimas.
Abraçado a ela só repetia essas palavras:
- Oh! Minha mãe santíssima obrigado!
                       
                                Silvia Reis.

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